ACREDITAR E AGIR
Um viajante
caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas e imaginava uma
forma de chegar até o outro lado, onde era seu destino.
Suspirou
profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de
cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para
transportá-lo. Era um barqueiro.
O pequeno barco
envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de
madeira de carvalho. O viajante olhou detidamente e percebeu o que pareciam ser
letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou
que eram mesmo duas palavras. Num dos remos estava entalhada a palavra
“acreditar” e no outro “agir”.
Não podendo conter
a curiosidade, perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos.
O barqueiro pegou o
remo, no qual estava escrito acreditar, e remou com toda força. O barco, então,
começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava. Em seguida, pegou o remo
em que estava escrito agir e remou com todo vigor. Novamente o barco girou em
sentido oposto, sem ir adiante.
Finalmente, o velho
barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo e o barco,
impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando
calmamente à outra margem.
Então o barqueiro
disse ao viajante:
– Este barco pode
ser chamado de autoconfiança. E a margem é a meta que desejamos atingir.
– Para que o barco
da autoconfiança navegue seguro e alcance a meta pretendida, é preciso que
utilizemos os dois remos ao mesmo tempo e com a mesma intensidade: agir e
acreditar.
Não basta apenas
acreditar, senão o barco ficará rodando em círculos, é preciso também agir para
movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa meta.
Agir e acreditar.
Impulsionar os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais
e não esquecer que, por vezes, é preciso remar contra a maré.
________________________________________________________________________
Sabe-tudo era o apelido pelo qual todos os habitantes do bosque conheciam
a tartaruga. Quem tivesse algum problema a resolver ou dúvida para esclarecer
era só ir à casinha da Sabe-tudo, para ver seu caso resolvido.
Para dizer a verdade, a tartaruga passava as suas horas livres consultando
livros e enciclopédias. Interessava-se por todos os temas existentes e por
existir. Que curiosidade insaciável tinha ela!
- Desculpe-me, tartaruga, mas eu estava interessada
em conhecer a ilha de Ceilão e... Diz timidamente a raposa.
- ... E não consegue encontrar a
resposta, não é verdade? Bem, não se preocupe que já lhe explico, querida
amiga, responde a tartaruga, com sua tradicional amabilidade. Vejamos. A ilha
de Ceilão está situada no Oceano Índico, ao sul da Península Indostânica ou da
atual Índia. Esclarecida a dúvida?
- Oh, obrigada, obrigada, Sabe... Quer
dizer, amiga tartaruga! Responde embaraçada a raposa.
A Sabe-tudo sorri compreensiva. É claro que conhece a alcunha que os seus
vizinhos lhe puseram. Isso não a incomoda, pois adivinha o sentimento de
admiração que se esconde por trás dela.
Os anos passam e os conhecimentos da tartaruga tornam-se imensos, a tal
ponto que ela começa a tornar-se exigente e crítica com os seus vizinhos. Com
mania de perfeição, torna insuportável a vida dos outros. De uma amiga
brilhante e admirada por todos converte-se em uma criatura amarga e
insatisfeita que, além disso, recebe a hostilidade de quem a rodeia.
A modéstia é uma virtude muito necessária, sobretudo para aqueles
superdotados, que se destacam pelo seu próprio brilho. Sem a modéstia, o
conhecimento é inútil, pois não será repartido com os outros que o têm em menor
quantidade.
Mensagem de lição de vida
Num belo dia de sol, Sr. Mário, um velho
caminhoneiro, chega em casa todo orgulhoso e chama a sua esposa para ver o
lindo caminhão que comprara depois de longos e árduos 20 anos de trabalho. Era
o primeiro que conseguia comprar depois de tantos anos de sufoco e estrada. A
partir daquele dia, finalmente seria seu próprio patrão.
Ao chegar à porta de casa, encontra seu filhinho de
seis anos, martelando alegremente a lataria do reluzente caminhão. Irado e aos
berros pergunta o que o filho estava fazendo e, sem hesitar, completamente fora
de si, martela impiedosamente as mãos do garoto, que se põe a chorar
desesperadamente sem entender o que estava acontecendo.
A mulher do caminhoneiro corre em socorro do filho,
mas pouco pôde fazer. Chorando junto ao filho, consegue trazer o marido à
realidade e juntos levam o garoto ao hospital para cuidar dos ferimentos
provocados. Passadas várias horas de cirurgia, o médico desconsolado e bastante
abatido, chama os pais e informa que as dilacerações foram de tão grande
extensão, que todos os dedos da criança tiveram que ser amputados. Porém, o
menino era forte e resistia bem ao ato cirúrgico, devendo os pais aguardá-lo no
quarto.
Ao acordar, o menino ainda sonolento esboçou um
sorriso e disse ao pai:
“Papai, me desculpe. Eu só queria consertar seu
caminhão, como você me ensinou outro dia. Não fique bravo comigo.”
O pai, enternecido e profundamente arrependido, deu
um forte abraço no filho e disse que aquilo não tinha mais importância. Não
estava bravo e sim arrependido de ter sido tão duro com ele
e que a lataria do caminhão não tinha estragado. Então o garoto com os olhos radiantes perguntou:
e que a lataria do caminhão não tinha estragado. Então o garoto com os olhos radiantes perguntou:
“Quer dizer que não está mais bravo comigo?”
É claro que não – respondeu o pai. Ao que o menino
pergunta:
“Se estou perdoado papai, quando meus dedinhos vão
nascer de novo?”
Nos momentos de raiva cega, machucamos as pessoas
que mais amamos, e muitas vezes não podemos sarar a ferida que deixamos. Nos
momentos de raiva, tente parar e pensar em suas atitudes, a fim de evitar que
os danos seja irreversíveis. Não há nada pior que o arrependimento e a culpa.
Pense nisto!
Nenhum comentário:
Postar um comentário